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Foto do escritorCuritiba Suburbana

A Indústria da Doença

Por Dani Netussi



A Saúde, digo, a doença, é um comércio extremamente lucrativo. Estima-se que a indústria da doença, que envolve desde a indústria farmacêutica até a indústria alimentícia, passando pelos agrotóxicos e afins, seja a terceira mais lucrativa do mundo, perdendo apenas para a indústria da guerra e os tráficos. Todas, indústrias da morte.


Goste você ou não, o sistema do lucro, esse que endeusa o dinheiro, mais conhecido como capitalismo e hoje apelidado de neoliberalismo, é necropolítico, necroeconômico, necrotodaporra!!!


No Brasil, esse necropaís atolado em contradições, existe algo raro no mundo de hoje: um sistema PÚBLICO de saúde. Por algum mistério do além, talvez mais de uma década de governo esquerdista, o sistema público de saúde sobreviveu. Sobreviver é a palavra mais adequada porque todo o tempo o capitalismo busca destruir esse sistema para dar sentido privatizá-lo. São lobbys gigantescos, milionários, lutando contra todo e qualquer governo que tente melhorar esse sistema. Assim como, fortunas são investidas em governos que colaborem na destruição desse sistema público.


Parece que o SUS, a criação petista para tentar salvar o último dos moicanos, que já estava na UTI há anos, vai ter seus aparelhos desligados.


O desgoverno bolsonazista, somado à perversidade doriana e afins, conseguirão enterrar o último sistema público de saúde do mundo. Pra que isso não acontecesse, todos nós precisaríamos abandonar nossos planos de saúde, migrarmos para o SUS, fazendo uma pressão explosiva contra a privatização do sistema. Mas estamos necrocooptados demais para não temer nossas doenças e enfrentar o poder, confiando em nossa real saúde. Assim é que estamos: necrovencidos.




Dani Netussi. Atriz de cinema


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