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Foto do escritorCuritiba Suburbana

Quaquá, vice-presidente nacional do PT, e a tese do bode na sala

Por Milton Alves



Washington Quaquá (vice-presidente do PT), sempre ele, apareceu mais uma vez para executar o velho truque do bode na sala. Com o partido em tese dividido entre três opções para as eleições das mesas diretoras da Câmara dos Deputados e Senado, Quaquá lança a pseudo alternativa de apoio ao candidato bolsonarista Arthur Lira (Progressistas). Tese também veiculada com insistência pelos jornalões e TVs da mídia empresarial de que setores da direção do PT ou parte da bancada defendem o apoio ao candidato preferido do Planalto. No entanto, a tarefa delegada ao Quaquá é exatamente essa. Lembrando o velho guerreiro Chacrinha: "Eu vim para confundir e não para explicar". Explicando: Quaquá joga o bode na sala para facilitar a operação dos defensores da aliança com o bloco da velha direita neoliberal, controlado por Rodrigo Maia (DEM). Quaquá, na verdade, busca naturalizar uma futura adesão a algum candidato da velha direita. O truque é velho, mas funciona. Quaquá não é um bobo da corte da corrente que controla o aparelho do partido, ao contrário está jogando afinado com ela. O dirigente nacional petista Valter Pomar em artigo nesta quarta-feira (16) apontou para a manobra em curso. Portanto, o que está em jogo de verdade é se o PT vai impulsionar uma candidatura própria e unitária da esquerda no Congresso Nacional ou marchar com o bloco capitaneado pela velha direita neoliberal de Maia, FHC, Doria e Globo. No mais segue o jogo de cena para a "bolha petista" nas redes sociais e um doentio cretinismo parlamentar, que se tornou o modus operandi principal de muitos parlamentares agasalhados no PT. Nitidez programática, luta ideológica e cultural contra o neoliberalismo e o neofascismo são, cada vez mais, artigos de luxo na pouco reluzente estante petista. Uma sugestão militante. Vamos pressionar a direção do partido e os deputados federais para o lançamento de uma candidatura própria do campo de esquerda e progressistas - com base num programa claro de defesa da população: prorrogação por mais um ano do auxílio emergencial, vacina para todos, fim do teto dos gastos, mais verbas para o SUS e a democratização da Câmara dos Deputados.


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