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Foto do escritorCuritiba Suburbana

Nossa incapacidade de distinção

Por Dani Netussi


O Poder está muito feliz com nossa incapacidade de distinção.

Tenho visto por aí vários artigos comparando a expansão das igrejas evangélicas no Brasil e a aproximação desse poder religioso ao poder político, com a teocracia iraniana. Acabei de ler um artigo em que o jornalista usa a bandeira e o nome do Irã para a chamada da matéria. Um artigo enorme sobre o desenvolvimento da igreja evangélica no Brasil, sua proximidade com o poder politico. Apenas no penultimo parágrafo usa uma unica oração citando o Irã como uma teocracia onde o poder religioso é mais forte que o poder político. Numa matéria como essa o sionismo delira de orgasmos. A irresponsabilidade geopolitica dessa comparação infantil é assustadora nesse momento do mundo. As igrejas evangélicas são um braço do sionismo. O sionismo que historicamente se fingiu de judaico, hoje fortemente alimentado pelo protestantismo norte americano, é o maior poder destruidor que a humanidade já imaginou. Está no topo da hierarquia capitalista. Exércitos de imbecilóides vem sendo formados por essas igrejas, sempre para provocar caos nos países geopoliticamente interessantes às guerras híbridas do planeta. Essa massa de manobra distribui ódio, violência, fakenews, autoritarismo religioso, sectarismo, vota contra si mesma, defende os interesses de quem os massacra. Não é à toa que o atual governo brasileiro, sustentado por igrejas evangélicas, se associou ao sionismo dos EUA e do Estado de Israel. Não é à toa que a inteligência israelense do Mossad se instalou em SP e está, supostamente, ligada ao golpe que levou o bolsolítico ao poder. O nosso país está sim correndo um risco importante de ser totalmente dominado por forças subservientes ao sionismo. Entendido? Próximo passo. O Irã é sim uma teocracia, assumida por mais de 90% da sua população, que pode ter inúmeros questionamentos quanto sua total democratização de direitos, PORÉM, está justamente do lado contrário do poder sionista. Hoje o Irã faz uma das mais importantes resistências geopolíticas nessas guerras e massacres do oriente. Ao invés de um jornalismo responsável comparar esse lixo humano que tomou o poder do nosso país ao lixo humano do poder israelense que executa crianças e jovens palestinos todos os dias, contra todas as regras de acordo mundiais, roubando terras já designadas legalmente a outros povos, colaborando com os EUA na destruição de vários países do oriente e da América Latina, esses irresponsáveis estão preocupados em fazer comparações superficiais entre teocracia evangélica e teocracia iraniana. Ao invés de apontar regimes verdadeiramente ditatoriais e sanguinários como da Arábia Saudita, fazem a propaganda que o sinismo mais deseja que é despontencializar as forças de resistência do Irã. Se as pessoas conseguissem sair de seus umbigos, digo, de suas verdades para entender a complexidade das relações, o Poder capitalista autoritário não estava tão bem instalado nesse planeta. Eu não sou religiosa, não aprovo o poder religioso, mas tento não sucumbir aos achismos da minha ignorância e procuro fortalecer os lados que se aproximem mais dos interesses de esquerda. Sem a resistencia que o Irã está fazendo no médio oriente, nós estariamos aqui e lá em condições bem piores. Teocracia ou não, o Irã pertence ao bloco à esquerda do poder sionista, junto à Russia e China. Além do que a teocracia iraniana tem avanços democráticos que nem a dita maior democracia do planeta conseguiu. Ou seja, se quiser criticar a politica iraniana, assim como quando formos criticar a politica cubana ou venezuelana, todas merecedoras dessas criticas, devemos antes observar a que forças estarão servindo nossas reflexões. E mais, não fazer comparações infantis pela sua superficialidade. Estamos em guerra e responsabilidade é o mínimo que se exige num debate público.



Dani Netussi




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