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Foto do escritorCuritiba Suburbana

Lenda do Fantasma do Dia 26 de Dezembro. Dia da Troca de Presentes de Natal Que Não Serviram

Coluna Lendas Urbanas. Por Luciana do Rocio Mallon



Durante a minha juventude, trabalhei em lojas de roupas de Curitiba.


Num dia 26 de dezembro, também conhecido com a data das trocas de presentes que não deram certo no Natal, eu estava trabalhando na loja quando, de repente, entrou uma moça morena, vestida com roupas de novela de época, com um vestido antigo de adolescente nas mãos:


- Preciso trocar o vestido da sinhazinha que não serviu para ela. Pois só assim a filha da minha patroa poderá deixar seu sofrimento e morrer em paz.


A gerente veio e disse:


- Esta roupa não pertence a nossa loja.


Então a moça saiu correndo. Deste jeito, fui até a calçada e notei que ela sumiu na esquina sem ao menos virar a rua.


Deste jeito a gerente disse:


- Esta mulher deve ser a famosa alma do dia 26 de dezembro. Pois reza a lenda que no século dezenove, existia uma escrava que cuidava da filha do patrão, uma menina que estava acamada com tuberculose no dia de Natal. O problema é que seus pais compraram de um mascate da cidade, um modelo igual de vestido que a adolescente queria muito. Porém a roupa não serviu direito para ela. Assim a moribunda pediu à escrava no dia 26 de dezembro:


- Estou sofrendo e prestes a morrer. Mas só poderei partir depois que vestir o meu vestido dos sonhos de Natal. Por favor, encontre o mascate ou vá de loja em loja e traga um modelo que me sirva.


Deste jeito, a escrava partiu batendo de mascate em mascate, de loja em loja, para trocar a roupa da adolescente.


Porém, na pressa, ela foi atropelada por uma carroça e morreu. Por isto, até hoje, em todo o dia 26 de dezembro, o espírito da escrava volta para Curitiba, de loja em loja, levando o vestido da filha do patrão para trocar.


Há relatos de muitas vendedoras afirmando que no dia 26 de dezembro, viram uma moça morena, com roupas de época, tentando trocar um vestido antigo de adolescente que levava em mãos.



Luciana do Rocio Mallon



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