Edson Metring é Curitibano & Libriano, Músico & Compositor, Baixista & Vocalista da Banda HELIX, Autônomo & Representante Comercial… Ele é Edinho Man!
Guerreiro:
Edinho Man, quem é você?
Edinho Man
"Sou uma pessoa que acredita na Arte e Cultura como forma de expressão, crescimento e libertação do ser humano.
Busco sempre conhecer coisas novas e de forma geral aprendo com elas"
Guerreiro:
Como foi a infância Piá Curitibano Edinho Man? Quais são as suas melhores lembranças?
Edinho Man:
"Na minha época, era um tanto diferente dos dias atuais, a gente tinha uma turma de amigos que se reunia para jogar bola, andar de bicicleta, trocar idéias e emprestar brinquedos, não havia
computadores, o único jogo eletrônico era o Vídeo game Atari, não existiam as redes sociais, as amizades surgiam dos contatos no dia a dia, havia muita troca de idéias, discutia-se ideologias e conceitos.
As melhores lembranças que tenho são, do Parque Marumbi, do Pedalinho no Barigui, e os Cinemas de Tela Gigante, como o Plaza, Lido, Vitória, Bons Tempos!"
Guerreiro:
Em que momento a música entrou na sua história, o que fez despertar em você o interesse pelo Rock?
Edinho Man:
No começo da minha adolescência eu ouvia muito as bandas nacionais, que estavam no auge naquele momento, o estilo Pós Punk, me atraiu, por conta da sonoridade dos baixos, que eram fenomenais, aí eu vi a apresentação da banda Alarme Falso, ao vivo, e ao ouvir o som grave e marcante do baixo , eu me encantei, o baixista tocava muito!
E aí aos 14 anos, eu trabalhando de Office-Boy fiz um grande esforço e comprei meu primeiro baixo, ali eu senti que eu iria tocar e que a música estaria comigo a vida inteira"
Guerreiro
Quais são as suas referências, como baixista?
Edinho Man:
"Peter Hook, do Joy Divison, Neto Pavanelli, do Finis Africae, Michael Dempsey do The Cure, Renato Quege, Beijo aa Força, Andy Rourke, The Smiths"
Guerreiro:
Qual foi sua primeira experiência como músico?
Edinho Man: "A primeira experiência foi em 1990, toquei ao vivo em um colégio, foi a primeira apresentação, o nome da Banda era Face Oculta, foi a primeira e única apresentação da banda, ela acabou ali mesmo." Guerreiro: Depois da experiência com a banda, Face Oculta, como se deu sua trajetória como músico de banda?
Edinho Man: "Depois do Face Oculta, eu dei um tempo, precisava estudar música e me aperfeiçoar, não foi fácil, eu sou autodidata, e nos anos 90, não havia tanta tecnologia como hoje, aulas via internet, YouTube, etc… após um hiato de 4 anos, em 1995, eu toquei com a banda Os Nerds, depois em 1998 com a banda Loira Fantasma, em 1999 com a banda Bertram, e finalmente em 2002 fundamos a banda Hėlix.
Guerreiro:
Como nasceu a Banda Hėlix?
Edinho Man:
"Eu o Siumar e o Diogo, trabalhávamos juntos, Como a banda Bertram estava se desfazendo, conversamos e decidimos fazer um ensaio com músicas cover, que foi um desastre, mas desse ensaio saiu parte da nossa primeira composição, a música "Demais", ali senti que tínhamos jeito para autoral, mas com exceção do Diogo, já tínhamos passado dos 28 e não queríamos mais morrer pelo rock e nem salvar o rock and roll, assim começamos de forma despretensiosa
Essa formação foi até 2006, com essa formação lançamos nossa primeira demo: Dia a Dia (2005) e nosso primeiro cd, chamado: Cd 2 (2006).
O Diogo deixou a banda, Siumar foi para bateria e entrou o Edimilson que assumiu a guitarra Lançamos nossa segunda demo: Eu já Ouvi Isso Antes (2007)
Nosso Segundo Cd: Não Há Controles (2008), aqui tivemos nosso primeiro sucesso underground, com a música A Mídia.
Em 2010, entram Caio, na guitarra e Fabrício teclados, com essa formação fomos até 2012 e gravamos nosso terceiro cd: Ultimamente (2012) deste cd, em 2013, com a Música Todas as Coisas Fora do Lugar, fomos classificados para o Primeiro festival Geração Mundo Livre, onde não passamos para a Final, mas ganhamos o voto do público, fato que nos levou a considerarmos vencedores, nesse festival, éramos um trio novamente, Edinho Man, Siumar Otto e Edimilson Stelmack, até que em 2017, entra nosso garoto prodígio, Natan Branco, para bateria e Siumar após mais de uma década volta a guitarra e com essa formação quarteto e agora com duas guitarras, vimos que ficamos com mais punch e decidimos gravar um ao vivo em estúdio, assim em 2018, saiu: Helix Ao Vivo"
Discografia
1 - Dia a dia (2005) - Demo
2 - Cd 2 (2006)
3 - Eu já Ouvi Isso Antes (2007)
4 - Não Há Controles (2008)
5 - Ultimamente (2014)
6 - Ao Vivo (2018)
Guerreiro:
Como é o processo criativo da Banda Hėlix?
Edinho Man:
"Na Hélix, temos como regra, que todos participam da composição, sempre alguém traz uma idéia e os outros mudam ou melhoram ela, por isso sempre as composições são assinadas como Hélix ou seja, todos assinam as composições, pois se empenham nessa tarefa, o The Cure faz isso"
Guerreiro:
The Cure, Joy Division, pós punk, e outras referências dos anos, 80, mas também é perceptível na sonoridade da Hélix, uma influência dos anos 60 e 70, qual sua percepção sobre isso? Mera coincidência?
Edinho Man:
"Ai eu diria que é coincidência, sendo que deve haver algo no subconsciente de cada um, eu pó exemplo, adoro Gênesis, já o Siumar, o Edimilson e o Natan, gostam do Led Zeppelin e do The Who, não conversamos sobre estas bandas, mas às ouvimos"
Conheça o traballho da banda:
Guerreiro:
Curitiba é um Celeiro de artistas, em todas as áreas, teatro, poesia, artes plásticas, dança, artistas de rua, na música etc... No rock não é diferente, porém, não muito raro, para um artista curitibano conquistar o respeito dos curitibanos, precisa mudar para outros centros? Na sua opinião, o que nos falta? A tal autofagia explicaria?
Edinho Man:
"Nos falta união e apoio, falta as mídias de massa, rádios, tvs, divulgarem os artistas massivamente, fazendo com que assim nossa arte e nossos artistas alcançarem o grande público, pois muitos artistas não conseguem pagar publicidade.
Artistas de alto nível e qualidade temos, talentos temos de sobra, e sim temos uma "autofagia terrível" como fala a canção do Maxixe Machine, é ela que nos mantém produzindo, e justamente nós precisamos é nos unir, uns ajudando os outros".
Guerreiro:
Casado, dois filhos, como é o Edinho família, é o mesmo Edinho artista?
Edinho Man:
"Boa pergunta: é tudo bem dividido, dando, dando tempo maior para família, depois trabalho remunerado, mas sempre deixando um tempo para a arte. O Edinho família é mais introspectivo, o artista um pouco mais comunicativo"
Guerreiro:
Família, trabalho e banda, mesmo assim você consegue encontrar tempo e energia pra se dedicar a divulgação da arte e da cultura curitibana? O que te motivou a criar e gerenciar um grupo no Facebook que divulga os artistas e a cultura de Curitiba?
Edinho Man:
"Antes eu atuava como moderador de vários grupos de Curitiba, mas sempre ficava no dilema de fazer algo com a minha personalidade, pois envolvia o nome ou conceito dos outros, assim depois que comecei a trabalhar como autônomo, decidi criar o Arte e Cultura de Curitiba, onde a premissa principal era a pergunta que eu fazia a mim mesmo enquanto artista, como você quer ser tratado?
Procuro atender a todas as formas de arte e cultura de Curitiba, mas a repercussão foi tanta que artistas de Minas Gerais e de Santa Catarina, descobriram o grupo e pediram espaço para divulgarem seus trabalhos e por darem atenção e gostarem da arte de Curitiba, eu acabo divulgando eles também"
Guerreiro:
Há quanto tempo existe o "Arte e Cultura de Curitiba"? E você se sente realizado com esse trabalho, que é de uma importância gigantesca para nossa arte e nossa cultura?
Edinho Man:
"O grupo faz um ano no dia 10 de Setembro, me sinto hiper realizado e motivado, a repercussão foi gigantesca e eu nem imaginava que fosse receber tanta atenção e carinho, na realidade recebo muito mais do que dou. Ë fantástico, conhecer vários artistas, que antes só conhecia pelo nome, e Curitiba é uma fonte inesgotável de criatividade, colaborar para a divulgação dos nossos artistas, da nossa arte e da nossa cultura, para mim é uma honra e um privilégio!"
CONHEÇA O GRUPO ARTE E CULTURA CURITIBA:
Guerreiro:
Como você vê o Edinho Man daqui 20 anos?
Edinho Man:
"Vejo um Edinho Man, melhorado, ele busca isso, se o tempo, a vida e a sorte permitirem, ele tentará destacar Curitiba ao mundo, e em 20 anos acredito que ele vá conseguir!"
Guerreiro:
Caro Edinho Man, em nome do Blog Cultural da Ana Campos, agradeço por sua generosa colaboração, ao nos ceder um pouco do seu tempo para revelar ao nosso público um pouco da sua grande e valiosa história, parabéns pela relevante contribuição que você presta a arte e a cultura Curitibana e Paranaense!
Queira por gentileza fazer as suas considerações finais!
Edinho Man:
Muito Obrigado pelo carinho e atenção que vocês, do Blog Cultural da Ana Campos dispensam a mim, fico muito lisonjeado, gratidão a vocês, Ana Campos e Guerreiro! Aproveito para agradecer à todos e à todas que acompanham a banda Hélix e o nosso grupo no Facebook, Arte e Cultura de Curitiba, e reafirmar que tudo é feito com muito amor e carinho e esperamos conseguir cada vez mais divulgar a arte, a cultura e o artista Curitibano, um Forte abraço à Todos e à todas!
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