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Foto do escritorCuritiba Suburbana

Como Ser Lunar Em Um Mundo Solar

Coluna Alquimia da Vida. Por Carla Ramos


Desde épocas antigas, nós, mulheres, Seres Lunares, somos regidas pela Lua.

A Lua tradicionalmente rege os líquidos, os fluxos, as emoções, a maternidade, a segurança, a alimentação, o estômago, os seios e as marés e também nossas marés internas: o ciclo menstrual e as oscilações de humor.


O eterno fluxo: a infância que é substituída pela adolescência, a jovem adulta à condição de mulher, a jovem parturiente à mãe. Ainda inclui a menopausa, ocasião em que essa maré interna cessa e começa outra fase na vida da mulher.

O Culto à deusa Lua foi outrora a religião dominante em todo mundo. Ela tinha vários nomes: Diana, Ártemis, Hécate e Lilith (a Lua Negra). A Deusa era objeto de culto, de ritual e de sacrifício. As mulheres lhe faziam oferendas para garantir fertilidade e um bom parto. Algumas vezes a Lua representava a Grande Mãe, em outras, a Destruidora.

A condenação de bruxas à fogueira na Época Medieval foram as últimas destruições impostas ao culto a Deusa Lua.


Por volta de 1500, começamos a nos converter ao patriarcado, a um Deus Sol e a um Mundo Solar. O Mundo Solar tem a ver com a maneira como a sociedade valoriza o sucesso, resultados e progressos imediatos, em prejuízo de emoções, instintos e necessidades pessoais. Demonstra como nossa vida cotidiana exige a repressão de nosso lado lunar, nosso lado feminino.

Nosso Lado Feminino é reprimido, mas não deixa de existir. Ele é sufocado em prol de uma aceitação neste mundo Solar competitivo, somente podendo ser utilizado nos papéis atribuídos, socialmente, ás mulheres como mãe, esposa e filha.

A diferença da interioridade feminina: Ser Lunar, e, da Loucura: Ser Lunático se dá devido ao nível de contato que temos com nosso Mundo Interior. Quando promovemos uma separação entre nós mesmos e nossos foros íntimos – fugindo dos sentimentos e ignorando a intuição- eles se tornam pouco familiares e ameaçadores, parecendo até, estarmos próximas à Loucura. Isso ocorre quando não cultivamos o nosso eu interior, não o analisamos e fomos só jogando mais material para dentro ao acaso. Nosso mundo interior se transforma num armário bagunçado e abarrotado. Somente com a limpeza e organização sistemáticas do armário interior recuperamos o equilíbrio de nossas vidas emocionais.


Nosso Lado Feminino reprimido, na maior parte do nosso cotidiano é muitas vezes esquecido, negligenciado por nós. E como não temos consciência dele, ele não se apresenta de uma forma verbal e racional, nos falando do que ele precisa, mas sim se utiliza do subterfúgio do corporal, psicossomatizando, falando através de nós, marcando os sintomas em nosso corpo. Não é de se estranhar o aumento sensível de casos de câncer de mama em pessoas jovens e outras patologias ligadas aos órgãos femininos e a já conhecida depressão q atinge maior numero de mulheres.


Atualmente, podemos concluir que é o lamento da Lua, querendo se fazer ouvida para ser atendido seu Ser Feminino neste mundo Solar.


ALQUIMIA É A CIÊNCIA QUE ENSINA QUE O MICROCOSMO REFLETE, EM SINTONIA, AO MACROCOSMO. ASSIM AO SE REALIZAR TRANSFORMAÇÕES, EM NÓS, ELAS VÃO, MAGICAMENTE, TRANSBORDAR AO REDOR. MÁGICA ESSA, QUE RESSIGNIFICA.



Carla Ramos

Mestranda em Teoria Literária. Especialista em Marketing e Propaganda. É Psicoterapeuta Junguiana, Arte Terapeuta, Astróloga, Mestre em Reiki, Magnified Healing, Auriculopuntura, Massoterapeuta Oriental e Indiana.



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