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Foto do escritorCuritiba Suburbana

Censura à Exposição: "Palestina – Da limpeza étnica à resistência e reconhecimento internacional"

Nota de Repúdio. Por Ualid Rabah


Nota de esclarecimento contra a censura à exposição "Palestina – Da limpeza étnica à resistência e reconhecimento internacional"

Em virtude da odiosa campanha de difamação, intolerância e inverdades propagadas por pessoas desinformadas ou desejosas de desinformar, que buscam impedir o seguimento da0 exposição "Palestina – Da limpeza étnica à resistência e reconhecimento internacional", esta Federação tem a esclarecer o que segue:


1. A exposição de cartazes contendo informações acerca da Questão Palestina traz declarações de personalidades públicas de renome mundial em apoio á Palestina, bem como que trazem resoluções da ONU e de outros organismos internacionais que firmam o direito do povo palestino à audoterminação. Como não poderia deixar de ser, há menções a crimes cometidos pela ocupação ilegal da Palestina por Israel, todos objeto de condenação pela ONU e pela Comunidade Internacional. Traz, por fim, declarações públicas e historicamente notórias de dirigentes de Israel que defenderam a limpeza étnica da Palestina e de outros crimes. Nada de novo há nisso, nem de desconhecido, posto que tudo baseado em documentos verificáveis;


2. Em nenhum momento há, como aludido pelos profissionais da desinformação, detratação da fé judaica ou dos seus professantes, os judeus. Até há declarações de judeus que acusam Israel e que defendem a Palestina, Albert Einstein dentre eles. Menos ainda há o que difunda o ódio, conforme alegado pelos quem não querem ver a Palestina defender-se e apresentar-se ao mundo.


3. Mais absurda ainda é a infundada afirmação de que a exposição prega a “destruição de Israel”. Esta falsificação é grosseira e convidamos a que todos/as compareçam à exposição para verificarem por si o quanto é falsa esta acusação. Logo, não há nenhum fundamento lógico nas acusações.


4. Mais irracional ainda é a vulgar e não verificável acusação de que haveria uma “negação ao povo judeu do direito à autodeterminação em sua terra ancestral constituem a faceta mais moderna do antissemitismo”. Primeiro que não há nada que permita sequer supor que a exposição nega algum direito de judeus. Segundo, é ao povo palestino que é negado, e por Israel, o direito à autodeterminação, razão mesma da luta palestina, das resoluções da ONU e dos pronunciamentos da Comunidade Internacional neste sentido. Pior ainda é a afirmação da “ancestralidade” para a defesa de seu ponto de vista, o que anda mais é do que dar por exclusivamente de um povo, o israelense, a Palestina, quando é de conhecimento público e do Direito Internacional que isso é tanto falso quanto crimino, tendo dado origem ao supremacismo que levou à limpeza étnica na Palestina. E nada menos desgastada do que a infundada acusação de “antissemitismo” assacada contra todos que defendem a Palestina. Acusar Israel de seus crimes na Palestina é um direito que assiste ao povo palestino e a todos que o apoiam e isto nada tem de antissemita. Aliás, ainda que não entrando no quanto é pouco científico o termo, os palestinos são todos, rigorosamente todos, semitas. Como então acusar os palestinos semitas de antissemitismo por defenderem seus direitos nacionais, civis e humanitários, e sendo eles semitas serem acusados de antissemitas? É praticamente o “teatro do absurdo”!


5. A exposição traz verdades sobre a Palestina desde que a esta foi negado o direito de existir, todos verificáveis pela história e contidos em dezenas de resoluções da ONU e de outras manifestações de um sem número de organizações internacionais, estados e organismos multilateriais de governança, como a União Europeia, que faz poucos dias determinou que se boicotem produtos israelenses produzidos me território palestino ocupado ilegalmente por Israel.


6. Acusar a campanha global por BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) contra Israel enquanto durar a ocupação da Palestina é justo, é moral e não fere nenhuma legalidade. O mesmo se deu contra o regime de Apartheid na África do Sul, e este vigorava mesmo antes de a ONU adotar entendimento neste sentido. E a ONU segue adotando resoluções sancionando Estados soberanos, como vem fazendo com a Coreia do Norte ou o Irã. Ademais, há estados, como os EUA, que mesmo sem cobertura legal do Direito Internacional ou de resolução da ONU, que aplicam sanções unilaterais. Logo, a uma (sob legalidade) ou a outra (sem cobertura legal), os regime de sanções, muito mais grave que o boicote e o desinvestimento, são realidade no mundo atual e soa a desonesto, senão infantil, apresentar a questão como o fazem os incomodados pela defesa da Palestina.



7. Tamanhas são as falsificações, bem como as ações de chantagem e coerção em curso, lastreadas na campanha de difamações de dar inveja aos fascistas mais audazes, que mais uma vez devemos fazer lembrar da arma já utilizada de repetir-se uma mentira até que ela se torne verdadeira e de suas nefastas consequências, que, diga-se, se deram no continente europeu, com europeus matando outros europeus. Rogamos para que não estejamos às portas de uma repetição, aumentando a tragédia já monumental na Palestina e noutros cantos do mundo.



8. Por fim, a exposição, por não conter nada que contrarie a legalidade ou que fira direitos, especialmente os humanos, deve ser albergada em todos os espaços democráticos, especialmente naqueles próprios do exercício da democracia, como os parlamentos. Logo, é correta e ética a iniciativa que a faz estar na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e ali deve permanecer até dia 29 de novembro, Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, assim instituído pela ONU, por meio da Resolução 32/40-B.



Palestina Livre a partir do Brasil, 25 de novembro de 2019.


UALID RABAH

Presidente da FEPAL



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