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Foto do escritorCuritiba Suburbana

Auxílio emergencial e 13° do Bolsa Família viram jogo de mentiras e negociatas entre governo e Maia

Por Ana Campos


O povo está entre a cruz e a espada. Os interesses das classes baixas viraram moeda de troca no jogo sujo dos comandantes do país

Auxílio emergencial e 13° do Bolsa Família, viraram um jogo de mentiras e negociatas entre governo e Rodrigo Maia


Em uma das suas lives semanais, no último dia 17, o presidente, Jair Bolsonaro jogou a culpa pelos beneficiários do Bolsa Família ficarem sem o 13° em 2020, em Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, por ele não ter colocado a MP 1000, sobre a prorrogação do auxílio emergencial, em votação na câmara e mandou que as pessoas cobrassem de Maia.


Maia, que é candidato à reeleição no cargo de presidente da câmara, chamou Bolsonaro de mentiroso e disse que só não colocou a MP em votação, porque o próprio governo pediu, além disso, ele disse que o 13° do Bolsa Família nem mesmo fazia parte da MP, mas que, agora, devido as acusações mentirosas do presidente, ele à colocaria em pauta, incluindo o 13°.


No dia seguinte, Rodrigo Maia chegou a pautar a MP (colocar para votação), mas Paulo Guedes interveio, pedindo para que ele retirasse. Maia, então, a retirou da pauta, depois de todo o circo que fez para demonstrar seu poder.


A verdade é que o Presidente da câmara nunca quis pautar a medida provisória, ele sempre se colocou contra a prorrogação do Auxílio Emergencial e de qualquer outra verba destinada à população mais pobre, assim como apoiou o governo quando o valor do Auxílio foi reduzido pela metade. Maia e Guedes (ministro da economia, de Bolsonaro), podem até ter algumas divergências, mas os dois jogam no mesmo time quando o assunto é defender os interesses do neoliberalismo econômico e da elite brasileira.


Para Bolsonaro, no entanto, o jogo é um pouco mais complicado, porque, apesar de ter que aceitar as regras do seu ministro da economia, representante direto dos interesses neoliberais em seu governo, que bancou toda a campanha para elegê-lo, ele também precisa manter a popularidade junto aos seus eleitores e para fazer isso, lança mão das mentiras mais descaradas, visto que o perfil do seu eleitorado não é o de pessoas muito críticas e sim, de fanáticos que o apoiam cegamente.


Paulo Guedes, que para remediar o mal estar entre o presidente da República e o da Câmara dos Deputados, teve que desmentir Bolsonaro publicamente, contou outra mentira, usando da mesma tática corriqueira do seu chefe de Estado. Guedes alegou que o governo pediu sim para que Maia não votasse a MP, pois não haveria recursos para bancar o 13° do Bolsa família, ou para aumentar o valor do Auxílio Emergencial, como aconteceria caso ela entrasse em pauta.


Guedes alega que, se o governo disponibilizasse esses recursos, estaria cometendo crime de responsabilidade, estourando o teto de gastos, o que é passível até mesmo de um impeachment, no entanto, isso não é verdade. Não seria crime de responsabilidade porque existe uma Emenda Constitucional, a PEC da Guerra, que permitiu que o governo ultrapassasse o teto nesse período da pandemia sem incorrer em crime algum, a justificativa não passa de uma grande mentira para convencer o eleitor alienado que ainda apoia esse governo.


No fim, nem o governo, nem o presidente da câmara, tratam as necessidades da população com a devida seriedade e nem um dos dois lados defende os interesses do povo, eles usam esses interesses de maneira sórdida, para uma queda de braço pelo poder, mas não estão nem um pouco interessados em favorecer o trabalhador que sofre com a pandemia.



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