Por Ederson Metring (Edinho Man)
A Banda, Dedo Podre, não deixa nada a desejar em relação às bandas estrangeiras, ela puxa para um lado mais punk, hard-core, energia não falta nas músicas. Fiquei prestando atenção nos instrumentos e, realmente, todos são tocados com uma vontade sem igual. O baterista, “Bruno” tem uma bateria “Durecell interna”. O Baixista, “Guto Retzlaff”, faz arranjos bem legais, fugindo de baixo só tem tônicas. O Guitarrista, “Paulo Ribeiro” faz naipes inteligentes de guitarra, deixando a mesma bem trabalhada. O Vocalista, “Otavio Ramone” faz vocais bem espertos; faz harmonia junto com berros, achando um meio termo entre o semi-gutural e o melódico.
Vou falar faixa a faixa aqui do primeiro álbum deles:
Lutas e Vitórias (2007): esse trabalho da, “Dedo Podre” me lembrou bem o punk, hard-core, que se fazia nos anos 80, como Cólera, Inocentes, Replicantes, Nofx, Dead Kennedys, Bad Religion, etc. Ressalto que, por mais que eu fale sobre minha impressão de cada faixa, recomendo vocês as ouvirem, pois o que será falado é pouco frente à obra.
Psicopatas no poder: som de andamento rápido, onde dizem que quem está no poder, segue uma lógica própria, não vendo o mal que faz aos outros.
Vida desgraçada: hard-core dos bons, falam que na vida se perde tudo. Retrata a dificuldade de todo cidadão pobre, trabalhador (Baixo fenomenal).
Labuta: riffs de guitarras bem legais, backings inteligentes. Letra positivista onde devemos sempre lutar, nunca fugir da luta. Parece que complementa a música anterior: “Vida desgraçada”. Como cantam, “Acorda cedo está sempre na luta, Nunca foge da Labuta”.
Enfia à faca: vocal possante, bateria possante, riff de guitarra inteligente. Falam da desilusão com a vida.
Nada: punk clássico, temática de tanto faz na vida, tudo perdeu o sentido.
Enxofre: bateria tribal, baixo solando, guitarra complementando e fazendo ruídos fenomenais e vocal desesperado. Fala de pessoa exploradora que só suga, não produz, pessoa parasita que só suga e destrói; temática de comportamento de determinados seres humanos, com certeza todos nós já encontramos pessoas assim. Uma das melhores do álbum.
Adeus Homens de Deus: hard-core clássico, fala de homens que usam a religião para fazerem mal e se justificarem e fazem um mal danado ao mundo.
Vampiro: rock vigorante, fala sobre Vampiro. Será que teria referências há algumas pessoas da noite?
Hospício: esse som fala que na medida em que as pessoas falam uma coisa e fazem algo diferente e demonstram ser quem não são, fazem da vida dos outros do mundo um hospício. Excelente letra.
Chorume: som forte com letra forte. Como cantam: “o rabo preso é o preço do silencio, é o preço do silêncio”. (essa bateria é fenomenal).
Dos Ombros de Gigantes: Riff e solos de guitarra possantes, timbragem do baixo, marcante; se hoje somos lutadores, teve pessoas no passado que nos inspiraram. Excelente mensagem.
Amarelinho: música do encerramento do disco, hard-core clássico, música genial. No final, bateria e baixo criam um clima muito bom. Fala sobre alguém que foi pego em um bar.
De forma singela, tentei descrever esse álbum genial de estreia da banda, Dedo Podre, recomendo adquirirem. As letras são de temáticas sociais, psicológicas e sociais, ouvindo este álbum, você consegue exorcizar um monte de raivas, vocês se identificarão com a temática social da banda, ela expressa sentimentos que todos vivenciamos e não falamos, mas eles aqui cantaram e tocaram com maestria.
Quando terminamos de ouvir o álbum, da uma vontade de ouvir de novo e vamos ouvir, pois é muito bom!
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